Tudo caminha para acabar mal outra vez. Começa com algo simples e quando você vê já está em um buraco de novo.
Parece que só de pensar no que foi o desespero começar a querer tomar conta. A desesperança invade e a vontade de desaparecer ressurge.
È um caminho sem volta, é um ciclo viciante. Você passa meses sem se lembrar, então uma peça sai microscopicamente do lugar e lá esta você... procurando pelo fim.
Então você começa a sentir e se lembra de como é bom conviver com isso. É loucura. É suícidio, em todo o sentido da palavra. É desesperador. Mas é bom. É ridiculamente bom.
Você percebe que precisa disso pra viver, que é algo que faz parte de você e fará sempre. Não adianta querer fugir. Não tem pra onde fugir.
Qualquer suspeita de vontade que existe em você some, qualquer sentido que as coisas podem ter misteriosamente desaparece. Você só quer sentir, só quer ficar no seu mundo, com suas regras, com você. Você e ninguem mais. Você e nada mais.
Pode parecer egocentrismo, mas é perfeito estar apenas em sua companhia. Saber que não precisa de ninguém, afinal, ninguém pode te ajudar. É você e você nessa luta ridicula contra si mesmo. E é pacificador estar com seus dois lados, seu lado bom e seu lado assustador. Formular estrategias pra se conter e conseguir não se machucar é estimulante e prazeroso. Pensar em se machucar também é bom.
Pensar em uma forma de como sair desse buraco não é bom. Bom é se deixar levar pela dor, pelo impulso de se acabar aos poucos.
Interessante não?
Pessoas julgam como falta de fé, culpam as companhias, dizem até sobre você estar possuído ou qualquer besteira parecida com isso, mas você sabe que só você. Apenas o seu jeito de viver e apenas você sabe como é viver em eterno conflito consigo mesmo.